Parabéns a todos os iir.'. que fazem parte dessa história e ajudam a fortalecer cada vez mais o bom nome da nossa ordem.
Veja abaixo texto enviado pelo Ir.'. José Moisés:
Meus
amigos e irmãos, hoje completamos 43 anos da nossa Loja André Rebouças. Digo
nossa porque ela não é minha que agora escrevo ou dos irmãos que a compõem, mas
de todos os irmãos e da sociedade, pois alem das causas primordiais da Ordem, a
historia de nosso patrono assim relata:
O patrono André Rebouças:
André Pinto Rebouças (Cachoeira, 13
de janeiro de 1838 — Funchal, 9 de maio de 1898) foi um engenheiro e
abolicionista brasileiro. Filho de Antônio Pereira Rebouças (1798-1880) e de
Carolina Pinto Rebouças.
Advogado, deputado e conselheiro de D. Pedro II
(1840-1889), seu pai era filho de uma escrava alforriada e de um alfaiate
português. Seus irmãos Antônio Pereira Rebouças Filho e José Rebouças também
eram engenheiros.
André Rebouças ganhou fama no Rio de Janeiro, então
Capital do Império, ao solucionar o problema de abastecimento de água,
trazendo-a de mananciais fora da cidade.
Ao lado de Machado de Assis e Olavo Bilac, foi um dos
representantes da classe média brasileira com patente ascendência africana e
uma das vozes mais importantes em prol da abolição da escravatura.
Incentivou a carreira de Carlos Gomes, autor da ópera O
Guarani.
Cronologia
1838 - Nasce em Cachoeira, na Bahia, com o nome de André
Pinto Rebouças, filho de Antônio Pereira Rebouças e Carolina Pinto Rebouças.
1842 - A família Rebouças muda-se para o Rio de Janeiro,
André convalesce de um ataque de varíola.
1854 - André e seu irmão Antônio ingressam no curso de
engenharia da Escola Militar.
1858 - Os irmãos Rebouças concluem o curso de engenharia.
1860 - André e Antônio são promovidos a primeiro-tenente
e recebem a "Carta de Engenheiro Militar".
1861 - De posse de uma bolsa de estudos, os dois irmãos
embarcam para a Europa.
1862 - 25 de Outubro: os Rebouças estão de regresso ao Brasil.
Começam a procurar emprego.
1863 - André é nomeado para inspecionar as fortalezas do
sul do Brasil. Permanece, ao lado de Antônio, em Santa Catarina.
1864 - 1 de Janeiro: André está de volta a Corte. Antônio
permanece em Santa
Catarina.
Não conseguindo apoio para a sua idéia de construir
diques múltiplos, no porto do Rio de Janeiro. André aceita uma comissão para
estudar remodelações no porto do Maranhão.
Começa a Guerra do Paraguai.
1865 - André volta ao Rio de Janeiro e apresenta-se como
voluntário, seguindo direto para o teatro das operações militares.
Cerco de Uruguaiana. André faz amizade com o Conde D'Eu,
que acompanha o imperador em visita ao campo de batalha.
Morre, no Rio, sua mãe Carolina Rebouças.
1866 - Abril: André participa da luta em Passo da Pátria.
Maio: André é atacado pela pneumonia.
Junho: participa da defesa de Tuiuti, mas é novamente
afastado da batalha, contraíra varíola.
Julho: está de volta ao Rio e pouco depois, desliga-se do
Exército.
Outubro: Zacarias de Góis, ministro da Fazenda, nomeia
André inspetor das alfândegas do Rio de Janeiro.
1871 - Depois de dar início a inúmeras obras e
empreendimentos, por motivos políticos André é demitido de seu cargo.
1872 - Viaja novamente à Europa, onde se empenha em obter
auxílio para Carlos Gomes, que acabara de compor a Fosca.
Morre seu irmão Antônio.
1873 - Junho: depois de sua excursão pela Europa, André
chega a Nova Iorque, onde sente o peso do preconceito racial.
Julho: volta ao Brasil.
1874 - Passa a evitar a vida social na Corte. Limita-se a
publicar nos jornais artigos sobre os mais variados assuntos.
1880 - Morre Antônio Pereira Rebouças, pai de André.
André, pelos jornais, engaja-se definitivamente na campanha
abolicionista.
Consegue o cargo de professor da Escola Politécnica.
1883 - É eleito tesoureiro da Confederação Abolicionista.
É o grande financiador um dos que orientam a campanha no Rio de Janeiro.
1884 - Libertação dos escravos no Ceará, Amazonas e
depois em Porto Alegre.
1888 - É extinta a escravidão no Brasil.
Rebouças procura reagir à corrente republicana.
1889 - Proclamada a República, André acompanha a família
imperial a caminho do exílio.
1891 - Morte de Dom Pedro II. Rebouças demonstra sinais
de desequilíbrio emocional.
Embarca para a África.
1892 - André se estabelece em Funchal, na Ilha da Madeira.
1898 - Encontrado seu corpo estendido no mar, ao pé de
uma rocha, bem em frente ao lugar em que morava. Tinha 60 anos.
Nosso patrono, foi esquecido pela historia, devido a
oposição à republica, foram seus ideais e trajetoria apagados da memoria. A efeméride passaria em branco, mas em sessão
pública na Academia de Letras da Bahia, Rebouças é patrono da cadeira 32. Nos
poucas bibliografias de André Rebouças não cita a existência de filhos.
A A\R\L\S\ André
Rebouças:
A
A\R\L\S\ André Rebouças foi fundada em 26 de
junho de 1970, sendo na época presidida pelo então Ir\ Landulfo Gomes Miranda e secretariado
pelo Ir\ Wilson Pessoa Gomes. Na data de sua
fundação foi constituída a Loja e eleita a Diretoria para o término do biênio de
1969/1971.
Muito
se passou, diversos irmãos ocuparam brilhantemente a Cadeira de Salomão nesta
Loja, alguns da velha guarda permanecem conosco, como os obreiros Silvio Duarte
e Francisco Viana.
Atualmente
a maioria dos membros é formado por obreiros iniciados a partir de 1998 e que alguns
já ocuparam a Venerança contribuindo com a Ordem.
Porém nunca nos esqueceremos dos irmãos que passaram
por esta querida Loja, seja na direção ou no desbaste da pedra. E que quando
ouvimos suas historias que são repassadas, nos faz cada vez mais enobrecer
nossas convicções para trabalhar por um mundo melhor, mais justo, mais perfeito
e fraterno.