terça-feira, agosto 20, 2013

20 DE AGOSTO: DIA DO MAÇOM


Há duas datas para comemorarmos o Dia do Maçom: a Internacional, no Dia 22 FEVEREIRO e a Nacional, no Dia 20 de AGOSTO.

A Internacional,em 1994, nos Estados Unidos da América foi escolhida a data de nascimento de GEORGE WASHINGTON, primeiro Presidente americano, maçom, principal artífice da Independência americana.

A Nacional, em 1995, baseou-se na histórica Sessão conjunta das Lojas Maçônicas COMÉRCIO E ARTES e UNIÃO E TRANQUILIDADE, no Rio de Janeiro, quando o For. `. GONÇALVES LEDO pronunciara um discurso inflamado, fazendo sentir à necessidade de proclamar-se a Independência do Brasil, cuja proposição aprovada e registrada na data do vigésimo dia do sexto mês maçônico de agosto foi encaminhada ao Príncipe Regente D. Pedro I, que se encontrava em viagem à Província de São Paulo. Dando respaldo a esse fato histórico, a Constituição do Grande Oriente do Brasil, em seu art. 134, oficialmente, considera feriado maçônico o dia 20 de AGOSTO, como DIA DO MAÇOM. 

Mesmo assim, duas versões circulam na Maçonaria brasileira para a data do Dia do Maçom. A Oficial, que hoje estamos comemorando, a de 20 DE AGOSTO; e a outra sugerida por vários historiadores maçônicos e não-maçônicos, que variam entre as datas de nove e 12 de setembro. Não vamos debater nem pesquisar a questão sobre qual é a verdadeira data do Dia do Maçom no Brasil. As divergências levantadas são sobre a interpretação do Calendário Maçônico, usado na época, em função da Obediência e do Rito seguidos. Deixemo-las para os historiadores. O que nos interessa é que existe um dia dedicado ao Maçom brasileiro, não importando se sua comemoração é feita no início ou no fim do calendário ou no fim ou início de um determinado mês. Para nós, na verdade, o Dia do Maçom não tem data: são todos os dias de nossa existência.

A História da Maçonaria no Brasil está estreitamente relacionada, desde o início da emancipação-política brasileira, aos movimentos de libertação em nossa Pátria, sob a chama ardente dos ideais propalados pela Revolução Francesa.

Relembrando parte da História do Brasil, citemos alguns fatos históricos acontecidos para darmos uma sequência lógica do pensamento sobre a ação da Maçonaria em nosso País, em especial na afirmação de um Brasil único, pacificado e independente.

Encontramos a marca dos Maçons e, consequentemente, da Maçonaria, em prol da emancipação política do Brasil e contra as ideias separatistas de algumas Províncias brasileiras. São exemplos: a Inconfidência Mineira, a Revolução Pernambucana de 1817, a Independência do Brasil (incluindo a importância dos Dois de Julho, na BAHIA), a Confederação do Equador, a Guerra dos Farrapos, a Questão Religiosa, a Abolição da Escravatura, a Proclamação da República, dentre outros movimentos. Esse passado glorioso mostra aos Maçons do presente, quanto foi importante a participação dos Irmãos em cada um desses fatos históricos, quando se exigiu da Maçonaria, dentro dos princípios gerais de nossa Instituição, uma atuação firme a favor de nossa gente, conforme registros históricos, maçônicos e não-maçônicos, que revelam a passagem dos Maçons pelas páginas heroicas do amor pátrio em prol da emancipação política nacional, e contrários à desintegração do território brasileiro, diante de ações separatistas surgidas em algumas Províncias.

A cada momento histórico, a Maçonaria responde com sabedoria e tolerância os anseios mais justos de seus compatriotas, posto que, sem perder de vista seu ideário,amolda-se aos contornos sociais de cada época e aí cumpre o seu papel, fazendo renascer, a cada dia, os sentimentos mais puros da Maçonaria, que tem por divisa a LIBERDADE, a IGUALDADE e a FRATERNIDADE.

Para situar a Maçonaria no Brasil, é preciso compreender que, embora universal, originariamente, existem três Maçonarias: a inglesa, de cunho nitidamente tradicionalista, observadora rigorosa dos Rituais, imutáveis nas suas formas consagradas pelo correr de um pouco mais de três séculos; a francesa, que embora de origem britânica, cedo sofreu profundas alterações ditadas pelas condições do meio em que se desenvolveu, adquirindo uma feição intensamente latina, que se espalhou pelo mundo e se tornou conhecida, principalmente, pela sua ação política, social e religiosa, e à qual estão filiadas espiritualmente as Maçonarias brasileira, portuguesa, italiana, espanhola, romena e de todos os países hispano-americanos; e, por último, a alemã, também de procedência inglesa, mas que sofreu a marca do espírito germânico, mais propenso às especulações metafísicas, sutis, e de difícil compreensão.

A Maçonaria, como vemos, é uma Instituição Universal, repetimos, com pontos comuns e idênticos em qualquer país onde atua e daí a convicção que têm seus adeptos de constituírem uma vasta irmandade sobre a face da terra.

É comum, entre os Maçons, hoje, se perguntarem: a Maçonaria está declinando? Está em decadência? Ela ainda influencia a vida sócio-política do País?

Entendemos que a Maçonaria, assim como outras instituições contemporâneas e importantes, está passando por um momento de transição. Aliás, toda a sociedade está. A evolução tecnológica, psicossocial e econômica ocorre numa velocidade extrema, inesperada. Isso trás suas consequências inevitáveis.

Esta é a melhor hora de encontrarmos nosso caminho, à hora certa de fortalecermos nossas colunas e darmos contornos bem nítidos de nossa Instituição e de nós mesmos, afastando de vez nossas inquietações, preservando o ideário maçônico como corolário de nossa vida não-maçônica e maçônica, influenciando na vida diária de nossa família e a de nossos amigos pelo bom exemplo, na de nossos vizinhos pelo tratamento cordial e solidário, na governança das nossas cidades, Estados e País pelo sagrado direito de votar com a consciência voltada para o bem do Brasil.

Lembramos, por fim, que a Maçonaria, além de ser uma Instituição essencialmente iniciática e filosófica, é filantrópica, progressista e evolucionista.

Paulo Theotonio Firpo Cruz – Secretário da A.`. R.`. L.`. S.`. CASTRO ALVES

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